Inquérito investiga contrato de R$ 2,6 milhões de hospital para atender pacientes da Covid-19 em Manaus
Contrato de locação firmado entre o Governo e o Complexo Hospitalar Nilton Lins foi no valor de R$ 2,6 milhões para o aluguel do local.
O Ministério Público do Amazonas instaurou inquérito civil para apurar supostas irregularidades e sobrepreço na locação do Hospital Nilton Lins, unidade de campanha destinado à receber pacientes com a Covid-19 em Manaus. A portaria que instaura a investigação foi publicada na terça-feira (23).
O contrato de locação firmado entre o Governo do Amazonas e o Complexo Hospitalar Nilton Lins foi no valor de R$ 2,6 milhões para o aluguel do local. Em março, a Justiça chegou a impugnar o contrato em razão do preço. À época, o governador Wilson Lima disse, em entrevista à Rede Amazônica, que os trabalhos para a implantação da unidade só iriam parar se passasse por cima do cadáver dele.
Segundo o Ministério Público, a investigação sobre o valor do contrato foi aberta já que as solicitações feitas em apuração preliminar do órgão “não foram atendidas pelo titular da Secretaria de Estado da Saúde, de forma que restam pendentes de esclarecimentos”.
Em nota, a Secretaria informou que está trabalhando para encaminhar ao órgão ministerial as informações solicitadas e afirma que está à disposição para prestar esclarecimentos.
“A secretaria ressalta que a locação do imóvel, com estrutura hospitalar pronta para receber o número de leitos necessários para atender pacientes e Covid-19 em tempo hábil, durante o pico da pandemia, se mostrou mais adequada para o Estado em relação a custos e tempo, se comparado a outra opção há época, que era a construção de um hospital de campanha”, diz.