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Homem é preso suspeito de vender brownies com maconha pela internet, em Manaus

Um homem de 28 anos foi preso, nesta sexta-feira (9), no bairro Praça 14, na Zona Sul de Manaus, suspeito de vender brownies de chocolate com maconha. A polícia apreendeu 100 itens prontos para comercialização na casa do suspeito.

Uma equipe do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc) foi até a casa do suspeito por volta das 16h. Com a ajuda de um cão farejador, a polícia encontrou o material durante a operação “Space Gold”, justamente o nome que o suspeito usava para a loja online de vendas de brownie, segundo informou o titular do Denarc, delegado Paulo Mavignier.

“O trabalho dele era tudo organizado: tinha cartão fidelidade e a cada 10 bolinhos, a pessoa ganhava mais um. Ele dava brinde, amostra grátis. Então, ele era um empreendedor, mas um empreendedor do mal, usava o conhecimento dele, o talento dele, para o mal, para viciar jovens e adolescentes em drogas”, disse o delegado.

O suspeito foi preso no momento em que saía de casa para fazer entrega de encomendas. O que chama atenção é que ele possuía cartão de visita com a marca do “empreendimento”.

A propaganda do material era anunciada, principalmente, em redes sociais. O suspeito atuava sozinho nas vendas. Ele quem fazia o brownie e as artes do “empreendimento”.

“Na massa, utilizava a maconha cozida em banho-maria para ativar o THC e conseguir fazer que a pessoa, quando começar a comer o bolinho, sentir o efeito psicoativo. O grande risco disso é que quando a maconha é fumada, causa sensação imediata, o brownie demora a sentir. Logo, quando a pessoa come, acha que não tinha a quantidade suficiente e come além que deveria, o efeito é muito maior e pode passar mal, causa transtornos psiquiátricos como depressão ou problema de transição de comportamento”, explicou.

O delegado explicou que a polícia chegou até o suspeito após ter conhecimento do caso, há cerca de um mês. As investigações tiveram início e conseguiram identificar o homem.

O suspeito produzia o brownie entre terça e quarta-feira. De quinta até o final de semana, ele fazia entrega dos produtos.

As investigações apontam que ele também fazia entrega em festas clandestinas. No celular do suspeito, a polícia conseguiu verificar que muitos jovens compravam o brownie.

A polícia não tem informação sobre há quanto tempo o suspeito vende esses produtos. Cada brownie custava em torno de R$ 30 a R$ 50. O material estava condicionado na geladeira do suspeito. A maconha que ele usava no bolo era skunk.

O suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de tráfico de drogas. Na tarde deste sábado (10), ele será levado para audiência de custódia.