As meninices do menino Amom
O jeito irreverente nas redes sociais e a maneira como conseguiu conquistar admiradores fez o deputado federal e pré-candidato a prefeitura de Manaus, Amom Mandel (Cidadania), se perder no personagem. Há tempos vemos Amom brincar com coisas sérias em suas redes, vulgarizando temas importantes.
Durante a convenção partidária que o consolidou como pré-candidato à prefeitura de Manaus, Amom se exaltou com um repórter ao ser questionado sobre o abandono de seus mandatos e sua inexpressiva experiência para governar uma cidade como Manaus.
“Me responde quem paga as contas do CM7 que eu respondo a tua pergunta. […] Eu não respondo pergunta de quem vem mal intencionado, desculpa”, disse o candidato. A tática de atacar os meios de comunicação que fazem questionamentos pertinentes ao interesse público, é antiga. Quem se propõe a ser político e não gosta de responder perguntas que confrontem suas convicções, que largue esta vida.
Colocar em dúvidas o rendimento de um meio de comunicação tentando induzir o entedimento de que existe um finaciemento ilegal por trás dele, não ofende o meio de comunicação em questão, ofende a todos os meios de comunicação que tem publicidades governamentais. Qual a ilegalidade de receber verba publicitária?
Não é de hoje que Amom Mandel rechaça a imprensa, tentando se vitimizar, alegando que “são ataques financiados por adversários”, como se ele fosse intocável e perfeito, não passível de críticas. As ações do pré-candidato o revelam como o é de fato: um menino. E em suas meninices faz pirraça ao transitar pelos corredores do poder olhando nas vitrines os mandatos que quer chamar de seus.
Amom parece ser um grande adepto da frase de Millor Fernandes – “Democracia é quando eu mando em você. Ditadura é quando você manda em mim.”.