VÍDEO: Boxeadora argelina se emociona ao avançar para a semifinal em meio a polêmica
Esporte – A boxeadora argelina Imane Khelif superou a húngara Anna Luca Hamori e garantiu vaga na semifinal do boxe olímpico na categoria até 66kg neste sábado (3) em Paris. Khelif dominou os três rounds, vencendo por pontos com um placar de 5 a 0.
Khelif voltará ao ringue na próxima terça-feira (6) para disputar um lugar na final contra a tailandesa Janjaem Suwannapheng.
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Nos últimos dias, Imane Khelif atraiu atenção após sua vitória sobre a italiana Angela Carini. Carini abandonou a luta após 46 segundos devido a um soco no nariz, e se recusou a cumprimentar Khelif. No entanto, Carini negou que sua atitude fosse um boicote à adversária argelina.
Este incidente ocorreu em meio a uma controvérsia envolvendo Khelif e a boxeadora taiwanesa Lin Yu-ting, que foram autorizadas a competir nos Jogos Olímpicos mesmo após falharem em testes de gênero. Esta decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) gerou descontentamento entre atletas e fãs do boxe.
Em uma coletiva de imprensa na sexta-feira (2), o porta-voz do COI, Mark Adams, afirmou que Imane Khelif “nasceu mulher, foi registrada como mulher, vive sua vida como mulher, luta boxe como mulher e possui passaporte de mulher”.
Na sexta-feira, Angela Carini pediu desculpas pela forma como tratou Imane Khelif após a luta nos Jogos Olímpicos de Paris.
Na primeira rodada da categoria até 66kg do boxe feminino nas Olimpíadas de Paris 2024, Angela Carini enfrentou Imane Khelif. Carini explicou que sua decisão de abandonar a luta não estava relacionada à controvérsia em torno de sua adversária, mas sim devido a dores intensas no nariz. Após receber dois golpes, ela não conseguia respirar adequadamente e, aos 30 segundos de combate, foi ao corner ajustar o capacete, decidindo encerrar a luta.
Angela Carini foi vista chorando após desistir do confronto contra Imane Khelif. Ela comentou: “Entrei no ringue e tentei lutar. Eu queria vencer. Recebi dois golpes no nariz e não conseguia respirar mais, doía muito. Eu não perdi hoje, apenas fiz meu trabalho como lutadora. Entrei no ringue, lutei e não consegui. Saio de cabeça erguida e com o coração partido. Sempre fui muito instintiva. Quando sinto que algo não está certo, não é desistir, é ter a maturidade de parar.”
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