Com ataques, trabalhadores relatam medo e dificuldade de chegar ao Centro de Manaus
Trabalhadores do Centro de Manaus relataram medo e dificuldades em chegar no trabalho nesta segunda-feira (7), por conta da onda de violência que assola a capital do Amazonas. As ações dos criminosos começaram após a morte de um traficante por policiais militares.
Ônibus do transporte coletivo ficaram sem circular, e as aulas nas escolas públicas e privadas foram suspensas. Nesta madrugada, uma UBS, uma delegacia, caixa eletrônico e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) foram atacados.
Esteve-se no comércio da área central da cidade e constatou que muitas lojas permaneceram fechadas pela manhã. Outras, apesar de abertas, registraram pouca movimentação.
Sem transporte coletivo, a balconista Jaqueline Souza, que trabalha em uma confeitaria na Rua Henrique Martins, disse que teve que ir ao trabalho em um carro clandestino que fez lotação.
“A gente fica preocupado, né? Não sabe o que vai acontecer, mas precisa trabalhar. Como eu moro perto, vim de lotação. Mas creio que hoje o dia será fraco”, relatou.
O vendedor Emanuel Cavalcante também estava apreensivo. “Vim por transporte particular, carro de aplicativo, mas preocupado. Porque a gente não sabe se pode ter um ataque aqui no Centro, né?!”, desabafou.
É o segundo dia consecutivo que o transporte não funciona na capital, devido à onda de violência vivida na cidade desde a madrugada de domingo (6). Ainda no domingo, mais de 15 veículos entre os do transporte público e privado de passageiros foram queimados na cidade, levando à suspensão do serviço.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informou que não tem previsão de normalização.