Grupo suspeito de clonar e vender veículos roubados é preso em Manaus
Um mulher que se passava por advogada está entre os presos.
A polícia prendeu dois homens e uma mulher suspeitos de integrar um grupo criminoso que clonava e revendia carros roubados, em Manaus. A ação policial ocorreu em pontos distintos da capital, entre quarta-feira (26) e quinta-feira (27).
De acordo com o titular da Delegacia Especializada em Roubos e Furto de Veículos (DERFV), Cícero Túlio, as investigações indicam que a mulher presa era a responsável por receptar e revender os automóveis em municípios do interior do estado, a mando do companheiro, que era o articulador do esquema. O outro homem adulterava os sinais identificadores dos veículos.
“Já conseguimos recuperar dois carros, entretanto, durante as diligências, nós descobrimos que o grupo já vendeu, pelo menos, 10 veículos”, afirmou o delegado Cícero.
O casal, segundo a polícia, registrou união estável em cartório, cuja validade está sendo investigada, com o objetivo de que ele fosse transferido a outra unidade prisional, para que o infrator pudesse operar o esquema criminoso com maior facilidade e segurança, na época em que estava preso.
Ainda de acordo com as investigações, a mulher se apresentava como falsa advogada e cobrava dinheiro de outros criminosos para, supostamente, influenciar em decisões judiciais. “Essa ocorrência também está sendo investigada pela nossa equipe e por outras delegacias especializadas”, disse o titular da DERFV.
Um irmão da mulher presa está sendo procurado pela polícia.
O outro suspeito é apontado como integrante de uma facção criminosa e possui diversas passagens pela polícia. O homem já havia sido preso em julho do ano passado, durante a operação “Guilhotina”, deflagrada pela DERFV, na qual foi desarticulado um grupo criminoso, em que presidiários orientavam os demais membros do bando a roubar e clonar veículos.
Segundo Túlio, antes disso, em fevereiro de 2019, ele já havia sido preso pelas equipes da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), pelo envolvimento no homicídio do advogado Armando de Oliveira Freitas, que tinha 79 anos, ocorrido em maio de 2018.
O trio foi indiciado por associação criminosa, receptação e adulteração de sinal identificador de veículos. Após os trâmites na Especializada, os três serão encaminhados para a Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde deverão ficar à disposição da Justiça.