Delegacia de mulher em Manaus registrou mais de 19 mil casos de violência no último ano
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, pelo menos 811 pessoas foram presas suspeitas de cometerem crimes contra mulher.
Mais de 19 mil casos de violência contra mulheres foram registrados entre os meses de janeiro a dezembro de 2019 somente na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher de Manaus. Na mesma delegacia, referência para os crimes na capital, foram registrados ao longo do último ano 10.646 boletins de ocorrência e solicitadas 3.630 medidas protetivas.
Entre os casos mais recorrentes de violência mais recorrentes estão injúria, ameaça e lesão corporal. Segundo levantamento, a maioria dos crimes ocorreu contra mulheres de 34 a 64 anos de idade. No ano anterior, em 2018, o número de registros foi de 24 mil em toda a cidade.
De acordo com Débora Mafra, o aumento não foi, precisamente, no número de casos, mas, sim, no número de denúncias que chegam à polícia.
“As mulheres, realmente, começaram a acreditar na lei Maria da Penha, começaram a acreditar na lei, sabendo que vão ser resolvidos os problemas delas. O que aconteceu foi isso, o encorajamento, o empoderamento. Anos passaram e aumentaram as denúncias”, avalia.
Desse total de registros, segundo dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP), dentro de onze meses, apenas 811 pessoas foram presas pelas delegacias da capital suspeitas de cometerem crimes contra a mulher.
O número de feminicídios também chamou a atenção, com um crescimento de 4 casos registrados em 2018 para 12 no ano passado. Um aumento de 200% nos registros.
Casos de violência doméstica podem ser denunciados pelos números 181 e 190. Além disso, as vítimas também podem procurar a sede da DECCM situada no bairro Parque 10 de Novembro, Zona Centro-Sul, ou ir até a unidade da especializada localizada no bairro Cidade de Deus, Zona Norte da capital, atrás do 13º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
No Amazonas existem ainda o Serviço Assistencial e Psicológico Emergencial às Vítimas de Violência (Sapem) e o Centro de Referência de Amparo à Mulher (Cream), da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc).