A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas (Fecomércio-AM) divulgou uma nota orientando os empresários do estado a se prepararem para uma possível estiagem intensa em 2025. A recomendação inclui antecipação de compras e reforço nos estoques, com base em dados da Defesa Civil que indicam a continuidade de secas severas.

Segundo a Fecomércio, a medida busca minimizar os impactos causados por prováveis aumentos nos custos de frete e atrasos na entrega de mercadorias. A entidade enfatizou: “Planejar agora é o melhor caminho para reduzir riscos e proteger seu negócio”.

A preocupação reflete os desafios enfrentados durante a seca histórica de 2024, que gerou um custo superior a R$ 3,2 bilhões no Amazonas, incluindo gastos com logística, obras emergenciais e reposição de estoques. O fenômeno, associado ao El Niño e às mudanças climáticas, reforçou a necessidade de uma preparação antecipada.

Embora o comércio seja o principal setor de geração de empregos e arrecadação no estado, ele depende diretamente da atividade industrial da Zona Franca de Manaus. Em 2024, o setor de serviços, associado ao comércio, impulsionou o PIB estadual a 5,7%, enquanto a indústria cresceu 4,5%. O setor agropecuário, no entanto, sofreu uma retração de 0,9%.

O Censipam prevê chuvas mais intensas em alguns estados da Amazônia Legal no início de 2025, mas alerta que os níveis dos rios não devem se normalizar devido às recentes estiagens prolongadas. A seca de 2024, considerada a maior já registrada, fez com que o Rio Negro atingisse sua menor cota em outubro: 12,66 metros.