Amazonas

Indústria do AM cresce 65,7% em junho e supera média nacional

Desempenho também foi o melhor em relação aos outros estados, seguido do Ceará, com 39,2%, e do Rio Grande do Sul, com 12,6%.

A indústria amazonense cresceu 65,7% em junho deste ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento foi bem maior do que a média nacional, que foi de 8,9%, e pode refletir o retorno da produção industrial, após o estado viver a pior fase da pandemia do novo coronavírus.

O desempenho também foi o melhor em relação aos outros estados. Com 65,7%, o Amazonas ficou na primeira posição, seguido do Ceará, com 39,2%, e do Rio Grande do Sul, com 12,6%.

O presidente do Centro da Indústria do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, disse que no mês de abril, 90% da indústria estava paralisada, e voltou a funcionar, em junho, no início da flexibilização. Segundo ele, é possível falar em uma retomada da indústria para repor o estoque das empresas.

“Devemos comemorar, não porque o mercado voltou a consumir, mas porque ele está trabalhando para repor o estoque. E o que nos deixa mais otimistas é que isso está acontecendo no momento que as indústrias começam a se preparar para demanda do final de ano. Esperamos que esse retomo seja mantido até o fim de ano, para preservar os empregos ”, comentou.

No entanto, apesar do crescimento, quando se compara a produção industrial do mesmo período de junho de 2020 com o mesmo mês de 2019, observa-se uma resultado negativo de 10,4%.

No acumulado do ano, no período de janeiro a maio de 2020, houve melhora em relação ao mês anterior, mas ainda com retração de 19,7% se comparado com ao mesmo período de 2019.

De acordo com o IBGE, esses recuos em relação ao ano 2019 refletem o movimento de menor intensidade no ritmo da produção industrial, ainda influenciada pelos efeitos do isolamento social, e que afetou o processo de produção.

Desempenho por atividades

As atividades que tiveram resultado positivo durante o período foram: impressão e reprodução de gravações – discos fonográficos (84,7%), fabricação de produtos de borracha e material plástico – peças plásticas, garrafas e rolhas (26,6%), fabricação de outros equipamentos de transportes – motocicletas e suas peças (15,2%) e fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos – aparelhos de barbear, tampas e capsulas, artefatos para indústria automobilística (10,9%), Outros equipamentos de transportes – motocicletas e suas peças (15,2%).

Já as que tiveram retração foram: fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis – gás natural, gasolina, diesel, nafta e combustíveis (-35,8%), fabricação de bebidas – preparação de xaropes (-21,9%), fabricação de máquinas e equipamentos – ar condicionado parede e janela, terminais bancários, ar condicionado centrar (-21,0%), Fabricação de máquinas e equipamentos e materiais elétricos (-7,5%) (conversores, alarmes, microondas, condutores).

Fonte: G1