Suspeito de agredir jovem que defendia prima de assédio em bloco de carnaval em Manaus é preso; três estão foragidos

Caso ocorreu durante festa em uma faculdade privada, na Zona Centro-Sul da capital.

A polícia prendeu um dos suspeitos de agredir um jovem, de 20 anos, durante um bloco de carnaval em fevereiro deste ano em Manaus. A detenção ocorreu no sábado (7), em cumprimento de mandado de prisão. Três suspeitos estão foragidos. De acordo com as investigações, a vítima defendia uma prima de assédio sexual quando foi abordado pelo grupo. Vídeos mostram o momento da agressão. (Veja vídeo acima).

De acordo com o diretor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado delgado Rafael Allemand, o suspeito foi preso em casa, no bairro Planalto, e irá responder por tentativa de homicídio.

Outros três mandados de prisão também foram expedidos, mas segundo o delegado, os suspeitos estão foragidos.

“Representei pela prisão preventiva. Foram expedidos os mandados de prisão e no sábado conseguimos prender um dos suspeitos. Ele passou por audiência de custódia e já encaminhado ao presídio. Os outros três continuam foragidos”, contou.

Entenda o caso

De acordo com o Boletim de Ocorrência, a vítima ficou ferida após ser agredido por quatro homens ao tentar defender a prima na madrugada de 23 de fevereiro realizado no estacionamento de uma faculdade privada, na avenida Nilton Lins, bairro Flores, Zona Centro-Sul da capital. A jovem afirma que a briga começou depois que um dos homens passou a mão nas nádegas dela.

As vítimas relataram que a confusão teve início após um homem de 26 anos ter importunado sexualmente a jovem, quando estavam a caminho do banheiro. Diante disso, o primo da vítima, com o intuito de protegê-la, pediu para o homem não tocá-la.

A estudante de direito Rayssa Costa explicou que pediu para o primo ignorar o ocorrido e “deixar para lá”. “Ele [primo] falou normal com o homem, não foi agressivo. Se ele quisesse confusão, ele teria ficado lá, mas falou ‘vamos pro banheiro’. Ele ficou na porta, me esperando, e quando a gente volta, já começa as agressões”, contou.

Ainda conforme os relatos, quando as vítimas foram surpreendidas pelo mesmo indivíduo que estava acompanhado de mais três amigos. “Eu me jogo no meio da briga e, na hora que um deles me empurra, a segurança me tira. Eu estava tentando conter a briga quando duas seguranças me tiraram de lá e não fizeram nada sobre eles”, relatou.

Durante a briga, Rayssa teria chorado e gritado, quando foi ameaçada pela equipe de segurança. “Ela disse ‘se tu não parar de fazer isso, eu vou ter que te dar um mata-leão que você só vai acordar amanhã’”, afirmou.