‘Esperança’, diz paciente do AM após conseguir na Justiça direito a tratamento com ‘pílula do câncer’

Medicamento não é reconhecido pela Anvisa, mas pesquisas mostram eficácia da substância. “Eu quis me dar uma chance para tentar um tratamento alternativo”, diz professora aposentada de Manaus após seis anos de luta contra câncer.

A professora aposentada Inez Pedrosa França, 46, conseguiu, por meio de decisão judicial, autorização para manter o tratamento com fosfoetanolamina, a ‘pílula do câncer’. O medicamento, que surgiu como promessa de cura ao câncer, apesar de não ser reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vem sendo produzido por alguns laboratórios no Brasil e mostrado resultados eficazes. Pacientes já tiveram aval da Justiça para conseguirem autorização ao tratamento.

Inez está entre as mais de 4.230 mil pessoas que possuem algum tipo de câncer no Amazonas, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O levantamento aponta que, em todo o país, mais de 685.960 mil brasileiros têm a doença. O instituto estima, ainda, que em 2020 o Brasil terá 625 mil novos casos de câncer. Destes, 50,3% deverão ocorrer em homens e 49,7% em mulheres.

Há seis anos, a aposentada vem enfrentando uma batalha diária contra o câncer de mama, o que a levou a requerer na Justiça, em julho de 2018, um primeiro alvará para ter acesso a um tratamento alternativo com o uso de fosfoetanolamina. O parecer do juiz concedeu o direito a Inez, mas, este ano, o laboratório que fabricava as cápsulas deixou de produzi-las.

A professora aposentada contou que teve de entrar com um novo pedido para manter o tratamento alternativo com fosfoetanolamina, que foi aceito no dia 28 de julho. Para ela, o resultado representa uma nova chance. Ela tem esperanças de ser curada da doença.