Deputado Wilker Barreto “quer redução no preço da gasolina” mas tem irmão dono de posto

Manaus  –  A polêmica por trás de quem é o grande vilão do preço abusivo dos combustíveis no Amazonas vem aumentando a cada dia, porém  nada é resolvido. Mas uma coisa todo mundo já sabe, que grandes políticos ou parentes desses parlamentares tem ligação direta com a polêmica, pois são donos de postos. Nesta segunda-feira (03), durante audiência pública na sede do Ministério Público (MPE), foi instaurado um inquérito para investigar o preço da gasolina que reduz na refinaria, mas o Amazonense não ver esse benefício nas bombas de abastecimentos. Em Manaus, a gasolina chega a custar R$ 4,79 enquanto no interior do AM, o preço chega a R$ 6.

Como é o caso do Wilame de Azevedo Barreto, que é sócio de um dos postos mais bem localizados em Manaus, o posto V8 com capital social de R$ 600 mil. Wilame é irmão do deputado Wilker Barreto, o segundo parlamentar a assinar a CPI dos Combustíveis (que foi arquivada), mas não participou das investigações. Ainda sobre a audiência na sede do MPE, Wilker não foi uma das autoridades convocadas, mas compareceu para mostrar que tem interesse na redução do preço, mesmo tendo irmão dono de posto.

O primeiro posto do irmão do deputado é o V8, com capital social de R$ 600 e foi aberto em 08/05/2003 com CNPJ: 664.253.0001-83. O segundo posto do irmão do deputado, tem o capital social menor, no valor de R$ 300 mil  e tem menos de dois anos, foi aberto em 04/10/2018 e fica localizado no Nova Cidade. Wilame também é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por receber R$ 41 milhões da ONG Poceti.

O Procon-AM nos últimos dias aplicou 24 multas em postos de Manaus, mas o que está por trás deles é bem maior, pois os proprietários não efetuaram o pagamento das multas, e continuam com os preços abusivos, mesmo a Petrobras tendo reduzido em 3% no último dia 30 o valor nas refinarias. Enquanto os grandes brigam para que não seja descoberto a máfia por trás dos postos, quem sente o valor no bolso são os Amazonenses, mesmo o presidente Jair Bolsonaro fazendo as reduções.