Indícios de licitação direcionada pode levar para cadeia Cyro Batará em contrato bilionário com a Prefeitura de Manaus
Em 2018 a administração de Arthur Neto na Prefeitura de Manaus entrava em sua reta final, nesse mesmo ano um empresário de nome Leandro Gagliardi de Almeida Barreto, se dirigia a cidade de Presidente Figueiredo e adquiria a empresa CL RESTAURANTE – ME. um pequeno restaurante local, já inativo de duas mulheres.
Após a compra do restaurante, o empresário Leandro Gagliardi transformava em sociedade anônima, a empresa AMAZON WATT, sendo o Senhor Leandro Gagliardi o único acionista com três milhões de ações.
Ex prefeito de Manaus Arthur Neto e empresário Leandro Gagliardi
No segundo semestre de 2020, após as eleições municipais, a administração da Prefeitura Municipal de Manaus inicia um processo licitatório bilionário, com o intuito de contratar uma empresa para fornecer energia solar para as escolas municipais. O processo correu rápido e o então prefeito Artur Neto assinou o contrato de um bilhão e trezentos e sessenta e cinco reais no prazo de 27 anos.
Por mais uma dessas ‘’coincidências’’, o Senhor Leandro Gagliardi abriu mão do contrato bilionário que acabara de assinar e entregou o controle total da empresa para o Senhor Cyro Batará Anunciação, Dono de empresas do grupo Diário do Amazonas. Cyro Batará também é sobrinho pórtico do Senador Eduardo Braga, casado com a sobrinha legitima do senador.
O prefeito recém empossado David Almeida, ao saber do contrato de 27 anuncia o distrato do mesmo, conforme reportagens na época.
Em março de 2022, a Câmara Municipal de Manaus, em uma sessão relâmpago, autoriza a continuidade do contrato.
O caso carece de várias explicações:
- Porque um empresário viaja a uma cidade do interior para “comprar” uma micro empresa inativa e transformá-la em S/A?
- O empresário possuía lastro financeiro para constituir o capital de três milhões de reais?
- A comissão de licitação da Prefeitura Municipal de Manaus, e seus órgãos de controle, não realizaram pesquisas, para saber com quem a PMM realizaria pagamentos bilionários? Se fez, achou normal contratar uma empresa sem sede, que era um modesto restaurante inativo no interior até o início do processo?
- Porque o Senhor Leandro Gagliardi passou o controle acionário da empresa, após assinar um contrato bilionário para o Senhor Cyro Batará?
- O que fez o prefeito David Almeida mudar de ideia quanto ao cancelamento do contrato?
- Porque a Câmara Municipal de Manaus aprovou/autorizou a contratação da empresa do Sr. Cyro Batará sem se aprofundar no assunto? A CMM sabia da origem interiorana da empresa? O fato do Sr. Ciro Batará ser dono do Diário do Amazonas foi levado em consideração?