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Familiares de merendeira morta a facadas na frente dos filhos protestam em delegacia de Manaus

Suspeito do crime, companheiro da vítima se apresentou na Delegacia de Homicídios em Manaus e confessou assassinato.

Familiares da merendeira Jacira Souza de Lima, de 32 anos, morta a facadas no interior do Amazonas, protestaram na manhã desta quinta-feira (3) em frente à sede da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), em Manaus. Eles pediam justiça pelo feminicídio. O principal suspeito do crime, companheiro da vítima, se apresentou à polícia nesta quarta-feira (2) acompanhado de um advogado.

A mulher foi morta na madrugada de segunda-feira (31) no município do Careiro Castanho, distante 87 Km de Manaus.

No protesto, familiares da merendeira gritavam pedindo Justiça. A irmã da vítima, Geovana de Lima, chegou a passar mal e desmaiar após conceder entrevista. Ela contou como era a relação do casal.

“Ela [vítima] me falava que ele dormia com uma faca embaixo do travesseiro. Ela disse ‘mana, eu não aguento mais, ele chegou quebrando tudo, mas eu tenho medo, pois temo pelos meus filhos que irão passar fome’. Mas, ressaltei que ela não ia passar necessidade, pois tinha a gente para ajudá-la. Depois, ela disse que ia decidir a vida dela”, contou.

Merendeira foi assassinada a facadas, e marido é procurado por suspeita do crime. — Foto: Arquivo Pessoal

Mãe da vítima, a aposentada Francisca Lima, de 70 anos, também esteve na delegacia onde o homem está preso. A idosa contou que a filha era uma boa pessoa e vivia para a família. Para ela, o genro demonstrava ser um bom marido.

“Eu quero justiça, que ele não saia da cadeia. Eu disse para meu filho não fazer justiça com as mãos, pois tem a divina. Pra mim, ele nunca mostrou ser agressivo, só que ela contava tudo para a minha filha mais velha. Ele era uma pessoa boa, aparentemente, era evangélico. Na hora que vi minha filha no chão, me desesperei”, contou a idosa.

A merendeira foi morta na frente dos quatros filhos de 14, 11, 8 e 3 anos. O filho mais velho do casal chegou a segurar o suspeito para que ele não esfaqueasse mais a vítima. A mulher vivia com o companheiro há cerca de 17 anos.